Cazenga primeiro secretário da JMPLA envolvido no roubo de 32 milhões de kwanzas
Mais uma vez, um militante do partido dos camaradas, partido este que governa Angola durante 45 anos, está detido, desde o passado mês de Dezembro do ano passado, por envolvimento de clonagem de Cartões de crédito, vulgo multicaixas, tendo resultado na acumulação de mais de 32 milhões de kwanzas.
Trata-se do 1º secretário da JMPLA do distrito sede do Cazenga, Mário Correias João, de 27 anos de idade, que foi encontrado com avultadas somas de dinheiro resultante do processo de clonagem de cartões.
O jovem político da JMPLA terá pedido várias vezes os cartões electrónicos de amigos e não só, no sentido de efectuar a clonagem dos mesmos. Em Dezembro, o acusado solicitou o cartão de um amigo num prazo de três dias, mas, o Jovem Mário Correias ficou com o cartão num período de uma semana. Segundo a fonte oficial, o amigo do acusado (que preferimos não avançar o nome), ao receber o seu cartão de crédito, encontrou na sua conta avultadas somas de dinheiro, e, de imediato, solicitou o balcão para saber o que terá ocorrido na sua conta.
A situação criou a curiosidade das autoridades, tendo resultado na detenção do prevaricador no mês de Dezembro. A nossa fonte avança, ainda, que Mário Correias esteve detido no Comando Municipal do Cazenga (IFA), porém, desde este mês, o acusado encontra-se na comarca de Viana aguardando o seu julgamento.
os crimes praticados por clonagem de cartões de crédito (Multicaixa) em Angola, dispararam em 2020 em relação aos anos anteriores, com dezenas de clientes, particulares e empresas, a serem lesados em valores que podem chegar aos milhões de kwanzas e com os bancos a furtarem-se à responsabilidade de devolver o dinheiro.
Os crimes atingem clientes de vários bancos e, em alguns casos, envolvem quantias avultadas. Só um cliente do Standard Bank viu ser-lhe subtraído da conta oito milhões Kwanzas, em 26 movimentos num único fim-de-semana. Noutro caso, que vitimou um cliente do Banco Millennium Atlântico, “voaram” 975 mil kwanzas, quantia ligeiramente inferior à que foi subtraída da conta de um cliente do Caixa Angola. Neste caso, foram feitas quatro transferências, com o cartão clonado, para uma conta noutro banco, no montante global de 850 mil Kwanzas casos ignorados pelas autoridades competentes de investigação.
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