Senegal Ousmane Sonko líder da oposição ao Presidente libertado e proibido de falar a comunicação social e de sair do país
Ousmane Sonko, opositor senegalês, presidente do partido PASTEF/ Les Patriotes, acusado de violação e desacatos à ordem pública, livre mas em regime de TIR
Ousmane Sonko, opositor senegalês, presidente do partido PASTEF/ Les Patriotes, acusado de violação e desacatos à ordem pública, livre mas em regime de TIR desde 8 de março. Por Moussa Garcia investigative journalist 09/03/2021
A detenção do opositor senegalês Ousmane Sonko por desacatos à ordem pública foi levantada na noite de 7 de março, mas apesar de livre ele continua sujeito ao regime de termo de identidade e residência, depois de ter comparecido hoje perante a justiça, para responder às acusações de violação apresentadas por uma empregada de um salão de massagem.
Cinco dias depois da detenção na Esquadra da Polícia em Dacar, a capital senegalesa, Ousmane Sonko, principal opositor político senegalês e presidente do Partido PASTEF / Les Patriotes foi na noite de domingo, 7 de março, ilibado das acusações de desacato à ordem pública, mas compareceu de novo esta segunda-feira, 8 de março, perante o juiz Samba Sall, sem os seus advogados, que foram proíbidos de entrar no tribunal.
Ousmane Sonko, foi libertado e ficará sob termo de identidade e de residência.
Foi-lhe retirado o passaporte e o opositor está ainda proibido de falar à Comunicação Social e ao público.
Em todo caso, a população continua a manifestar-se no país pelo direito a uma democracia sã.
De acordo com a classe política senegalesa e a sociedade civil este acto é um atentado contra a democracia senegalesa e contra o principal opositor Ousmane
Recorde-se que Ousmane Sonko, foi acusado por um lado de violação e ameaças por uma empregada de um salão de massagens e por outro na sequência dos protestos que se seguiram, de ter fomentado desacatos à ordem pública.
Esta detenção do líder da oposição Ousmane Sonko causou uma grande revolta no seio da população senegalesa, o que provocou várias perdas humanas assim como saques nos super-mercados e bombas de gasolina, que representam empresas francesas como é o caso nomeadamente da Total e Auchan.
Após o anúncio da sua libertação e manutenção sob custódia judicial a tensão acalmou nas ruas de Dakar, que estavam sob forte aparato policial e militar, com patrulhas de carros e tanques blindados do exército, designadamente em redor do Palácio Presidencial, mas registaram-se no entanto alguns distúrbios nos bairros de Parcelles d’Assainies e Colobane, bem como na universidade Cheich-Anta-Diop.
Resta saber se nas próximas horas a calma se vai manter e a populaçõ acatar os apelos da responsáveis políticos, religiosos, diplomatas ou ainda da CEDEAO.
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