Provincia de Luanda com governador sombra

Provincia de Luanda com governador sombra

Por Moussa Garcia 

investigative journalist

 Abril 09, 2021

Edition of club k 

 Luanda – Altos funcionários da governo provincial de Luanda manifestam preocupação pelo facto de a governadora provincial de Luanda, Joana Lina Ramos Baptista Cândido, ter nos últimos temo se demitido das suas responsabilidades confiando os poderes ao seu diretor de gabinete, Edilson Paulo Agostinho.

 De acordo com explicações, a governadora devido ao cansaço e fatiga que ela manifesta não lê não lê os relatórios (de muitas paginas) que chegam ao gabinete dela para apreciação. A mesma remete para o director de gabinete, Edilson Paulo Agostinho, e este por sua vez é quem decide tudo.

 Formado em direito, Edilson Agostinho, 41, trabalhou com Joana Lina, quando esta exercia funções de Vice-Presidente da Assembleia Nacional. A dirigente levou-o também para o Governo provincial, como diretor do seu gabinete. Porém, é no GPL que Adilson passou a atuar como um “governador sombra” pelo facto de Joana Lina não tomar passo sem o parecer dela.

 A letargia que se atribui a Joana Lina, é justificada por ela nunca ter trabalhado como gestora no aparelho de estado. Os cargos conhecidos dela foram sempre a nível da sede do MPLA como financeira. Desde que assumiu a governação de Luanda assumiu também a postura de exonerar sem comunicar previamente aos quadros como aconteceu com dois altos funcionários, neste caso Antônio Pedro Bunga, ex-director do IPGUL e Amadeu Augusto da Fonseca Campos, ex-Director do Gabinete Provincial de Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana, que tomaram conhecimento das suas exonerações pelas redes sociais.

 Já Fernando Eduardo Manuel, até então administrador de Luanda, é citado como tendo solicitado para sair por alegada desconsideração da governadora. Em lugar dele, foi nomeado, Manuel Marques de Almeida Pimentel que estava como director-geral do Instituto Nacional de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (INOTU). Manuel Pimentel, muito ligado a Joana Lina, já foi Secretário de Estado para o Ordenamento do Território no governo de José Eduardo dos Santos.

 Lixo: Simulação de concurso público

 Desde algum tempo que a cidade de Luanda enfrenta uma crise de acumulação de lixo nas ruas. No passado dia 13 de Março, o governo provincial anunciou que recebeu propostas de 39 empresas para recolher resíduos sólidos na capital angolana, que desde dezembro passado conta com o serviço de apenas duas das seis operadoras, por falta de verbas do Estado.

 De acordo com apurado, a governadora junto com o diretor de gabinete e um assessor, Dilson Dario Simão Bamba escolheram nove empresas ligadas a figuras próximas de Joana Lina, e logo a seguir anunciaram as mesmas como vencedoras de um alegado “concurso público” que nunca teve lugar. Esta semana, o Novo Jornal, as empresas contratadas não dispõem de meios técnicos para trabalhar, e estão em contradição com a governadora. As operadoras exigem pagamento avançado e a governadora nega-se.

 

Redacao: Factos de Angola

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