EM 2022 O FUTURO DE ANGOLA ESTARÁ EM JOGO, PRINCIPALMENTE DELES.

 


EM 2022 O FUTURO DE ANGOLA ESTARÁ EM JOGO, PRINCIPALMENTE DELES. 

Normalmente, nas eleições presidenciais e parlamentares (em Angola temos uma das poucas exclusividades do Mundo), os partidos políticos que têm o direito de participar nas eleições querem tomar o poder. 

Os partidos políticos, ou seja, que têm um número reduzido de apoiantes, preferem conquistar “parte” do poder legislativo, a fim de fazer valer suas posições em vários projetos legislativos, através de um número considerável de deputados. 

Já os grandes partidos políticos, quase sempre, querem primeiramente conquistar o poder executivo, ganhar as eleições gerais e formar o governo. 

Em segundo, ganhar a maioria parlamentar (poder legislativo), no intuito de governar com menos obstáculos. 

O poder judicial sempre depende do resultado de uma eleição porque o partido que forma o governo e o parlamento constituinte determinam os juízes presidentes dos tribunais superiores do país. 

O QUE É O PODER?

  

É a capacidade de uma pessoa ou grupo de influenciar o pensamento e o comportamento de indivíduos, grupos sociais ou parte da população de forma que eles se subordinam às suas opiniões ou desejos e se comportem de acordo. O poder está mais ou menos envolvido em todas as formas de convivência humana e, de diferentes maneiras, determina o surgimento de estruturas sociais com potenciais de influência pessoal, social ou estrutural diferenciados e posições socialmente atribuídas. 

SE EM 2022 JLO PERDER AS ELEIÇÕES 

Já imaginaram que aconteceria se o MPLA perdesse as eleições em 2022?

Explicarei de maneira breve e precisa como esse cenário poderia ser. Mas antes quero referir que desde a independência de Angola até às próximas eleições de 2022, serão 47 anos, o MPLA é o único partido que governou Angola. Isto significa que este partido político teve e tem soberania exclusiva sobre o poder legislativo, executivo e judiciário. 

1. O presidente da República e todos os seus auxiliares: vice-presidente da República, ministros e vices, secretários de estado, PGR e vices, governadores províncias e vices…, todos ficariam desempregados. 

2. O presidente do parlamento, seus vices e todo alto aparato da AN  – desemprego. 

3. O corpo diplomático angolano no exterior teriam que voltar a Angola – desemprego. 

4. Toda alta chefia militar, da secreta, da polícia nacional e do SME, seriam exonerados. 

5. Todos os diretores nacionais, províncias, PCA’s das diferentes instituições estatais, governadores municipais e comunais, ficariam desempregados. 

6. Todos os juízes presidentes dos tribunais superiores e seus conselheiros (constitucional, supremo e de contas), seriam destituídos.

7. Sem esquecer o volumoso aparato da presidência da República…

Essa gente que eu mencionei nos 7 pontos acima, não serve para nós manager para um futuro propício como sociedade homogénea no seu todo. O futuro deles noutro hora, que é hoje o presente deles, foi de tirar proveito do poder governativo para enriquecimento ilegal, esfaciando os cofres do Estado angolano e, em 2017, para salvar a perda do poder político dos “sacanas, inaptos e incompetentes”, proclamaram a tão ultrajante luta contra a corrupção  – a luta contra ou entre eles mesmo; o povo tornou-se mais uma vez como sendo os “peões” do jogo de xadrez. 

Do meu ponto de vista, por estarem habituados a esta zona de conforto de quase meio século de poder, a questão preocupante dos “sacanas, inaptos e incompetentes” não é so o provável desemprego, mas sim a perda do poder. 

Poder este que significa “exclusão” de pessoas que pertencem a um outro partido político ou independentes (apartidários), com qualificações e competências adequadas, de serem promovidos ao mais alto e médio nível nas instituições do estado. 

Um governo que rege um país durante 46 anos e não constrói escolas, forma professores em suficiente número; que não tem estratégia para formação profissional gratuito e abrangente; que não está em altura de abastecer água potável e energia elétrica pelo menos à 50% da população; que é incapaz de urbanizar as maiores cidades e municípios com saneamento básico e recolhimento do lixo; que não está apto de fazer o registo civil de todos os cidadãos; que não tem tribunais apetrechados nem juízes e pessoal qualificado suficiente; que não impulsiona o surgimento de emprego formal e bem renumerado; que disturba o direito à informação imparcial…, este governo viola os direitos dos seus cidadãos  – este governo merece ser enviado nos “céus”, sem bilhete de volta!

A perda de poder político na África causa medo e insegurança entre os envolvidos, até mesmo quando for do mesmo partido político (JES poderia contar uma estória sobre isso). Pior ainda quando o partido opositor ganha as eleições, que é raridade em África. 

Atrás de um político angolano tem muitas pessoas penduradas: irmãos, primos, sobrinhas, tios, amigos de infância, amantes, amigos de business, familiares das amantes, primo da prima, irmãos da esposa ou esposo, filho da sobrinha… Desde 2015 até o fim de 2020, segundo documentos fidedignos que tenho em posse, foram empregados na função pública 9721 pessoas. 

Deste número não estão incluídos os médicos, enfermeiros e professores que participaram e foram aceites nos diversos concursos públicos. 

As 9721 pessoas que foram admitidas no silêncio, sem divulgação ou concurso público; são os “pendurados” do políticos “sacanas, inaptos e incompetentes” do MPLA. 

Por um lado, houve o aumento da “inaptidão e incompetência” na função pública. 

Por outro lado, a “exclusão” de cidadãos opositores e apartidários com qualificações e competências, é evidente!

A maioria dos presidentes africanos durante os seus mandatos, por medo e insegurança, engolem o poder “legislativo e judicial”, embora nas respectivas constituições exista a separação de poder  – essa é a razão mais importante que promove a longa permanência no poder.

Voltando no caso específico de Angola, o futuro dos “sacanas” que eu acima mencionei, é que está em jogo. Porque foram eles que mais proveito obtiveram durante o quase meio século de governação. 

O presente deles, hoje, é o futuro que os “sacanas inaptos e incompetentes” planearam no passado. 

Mas o futuro dos “sacanas”, está a ser planeado hoje,  por nós, o povo sofredor, que será: enviá-los a insignificância. 

Em 2022, o nosso presente se tornará passado e o futuro será: criar uma sociedade pluralista, inclusiva, inovadora e com convicção numa verdadeira luta contra a corrupção e a pobreza. 

One Love 

Jah, Rastafara 

Alemanha

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