O Governo de Angola fez Parceria com African Parks para Gestão do Parque Nacional de Iona em Jananeiro de 2020
O Governo de Angola fez Parceria com African Parks para Gestão do Parque Nacional de Iona em Jananeiro de 2020
O Governo de Angola faz Parceria com African Parks para Gestão do Parque Nacional de Iona
Joanesburgo, África do Sul: O Governo de Angola e African Parks, uma organização de conservação sem fins lucrativos assinaram um acordo de gestão para o Parque Nacional de Iona, iniciando assim a sua primeira parceria para assegurar a protecção a longo prazo, de uma das mais vastas áreas protegidas do país. Iona é uma paisagem desértica emblemática, que se estende do litoral atlântico sobre dunas, planícies e montanhas. Abrange uma vasta área de 15,200 km2 que incorpora um novo bioma e novo país no portfólio de gestão de African Parks, que já inclui 17 parques em 11 países e perfazem um total de mais de 13.5 milhões de hectares.
“Estamos entusiasmados com o que o futuro guarda para o Parque Nacional de Iona através da parceria com African Parks que virá melhorar a sua gestão e restaurar a paisagem, em benefício da vida selvagem e das pessoas”, disse Aristófanes Romão da Cunha Pontes, Director Geral do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC). “A nossa visão é mostrar as maravilhas naturais que Angola tem para oferecer às pessoas, e que as pessoas venham de todo o mundo desfrutar desta região significativa do planeta”.
Situado no deserto do Namibe no canto sudoeste de Angola, com uma costa acentuada de 160-km contígua ao Oceano Atlântico, Iona é uma das mais sublimes áreas selvagens, com férteis ecossistemas terrestres e marinhos. Os seus areais centrais estão delimitados a leste por montanhas que atingem alturas de 2 000 metros e a oeste por dunas ao longo de toda a costa. Alimentado por dois rios limítrofes, o Cunene e o Curoca, o parque contém bosques extensos e é habitado por chitas e leopardos, manadas de órix, gazelas e zebras de Hartmann, avestruzes, répteis endémicos e é o habitat principal das plantas mais antigas do mundo, Welwitschia mirabilis.
“Este é um passo idealista para a conservação em Angola, e sentimo-nos excepcionalmente orgulhosos com esta parceria com o Governo para os assistir a gerir este formidável bem nacional”, disse Peter Fearnhead, Director Executivo de African Parks. “É um enorme empenho do Governo”.
African Parks agradece à Fundação Internacional do Grupo de Conservação pelo papel catalítico que desempenharam. O Grupo ICCF (sigla em inglês) actua como coordenador do sector privado para o Ministério do Ambiente Angolano, com vista a atrair investimentos do sector privado em eco-turismo e áreas protegidas. Susan Lylis, Vice-Presidente Executiva do Grupo ICCF disse: “Este acordo histórico para a co-gestão do Parque Nacional de Iona é algo que nos entusiasma, e acreditamos que resultará em efeitos transformacionais no desenvolvimento das comunidades e na conservação, permitindo que Iona se transforme em modelo extraordinário na região”.
O Parque Nacional de Iona é importante a nível da região, e faz parte de uma área de conservação transfronteiriça (TFCA) com o Parque Nacional da Costa dos Esqueletos, na Namíbia. Historicamente, o parque era habitado por rinocerontes e elefantes, mas ambas estas espécies desapareceram por completo desta área e outros animais selvagens também foram dizimados. As actividades humanas descontroladas das populações periféricas e do parque, incluindo a pastagem de gado, colocam ainda mais pressão nos seus ecossistemas.
African Parks e o Governo de Angola trabalharão juntamente com as comunidades locais para restaurar a boa aplicação da lei e a vida selvagem, de modo a garantir a sustentabilidade ecológica, social e económica de longo-praz, de Iona. As suas montanhas espectaculares, a topografia desértica e costeira tornam esta área transfronteiriça única no mundo, conferindo ao parque enorme potencial com o investimento adequado, para emergir como uma das experiências paisagistas mais extraordinárias do continente. A conservação adequada e a optimização do turismo com outras actividades de geração de receita sustentável, contribuirão a que Iona possa continuar a apoiar ecossistemas terrestres e marinhos para benefício humano, por um futuro longo
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