Há Aqui Uma Cultura do Regime MPLA em Imputar OS Seus Crimes ao Povo ANGOLANO
Há Aqui Uma Cultura do Regime MPLA em Imputar OS Seus Crimes ao Povo ANGOLANO
Em Maio de 1977, o Presidente Agostinho Neto proferiu declarações anunciando que não perderiam tempo com julgamentos contra os fraccionistas, ordenando fuzilamentos. Já o recorte do “Jornal de Angola” de 1977, imputa todas responsabilidades ao povo. Diz que houve “colaboração popular” para detenção de Ze Vandunem e Nito Alves, e que foi o povo quem os encontrou escondidos num CEIFEIRO de uma antiga lavra de mandioca. (Então alguém que planeia um suposto golpe de Estado, o plano de fuga é esconder-se num CEIFEIRO ? )
Nos confrontos de 1992, entre MPLA e UNITA, foi quase a mesma coisa. O regime deu armas a população, colocou as FAA, e Polícia a civil, decapitou a direcção da UNITA e anunciou que foi o povo. Ou seja, naquele evento ocorrido entre 30 de Outubro a 2 de Novembro, foram pegar o então SG da UNITA Alicerces Mango no seu refugio. O mesmo foi mantido quase um mês sob custodia do governo, e em Dezembro daquele ano, o mesmo foi assassinado. As autoridades alegam que foi o povo. (Então o povo entrou na repartição do governo, passou pelos guardas e esquartejou o Gen Mango, e as autoridades ficaram assistir o acto? )
Pelo historial do “27 de Maio”, há aqui uma cultura do regime em imputar os seus crimes ao povo. O Povo angolano não tem cultura de violência nem de cometer assassinatos. Deveria haver mais respeito pelo povo, cuja prioridade deveria ser mesmo resolver primeiro os seus problemas, e não lhe atribuir assassinatos.
JOSÉ GAMA
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