UNITA diz que continuam em Angola violações de direitos humanos e intolerância política
A UNITA lamenta que 31 anos depois dos Acordos de Bicesse, assinalados na última terça-feira,31, ainda ocorram em Angola o que descreveu de “actos de violação dos direitos humanos como os que aconteceram recentemente na Barragem de Caculo Cabaça” quando tr^es trabalhadores foram mortos em confrontos com a polícia.
Numa declaração política alusiva à data lida pelo seu porta-voz, Maricial Dachala, o principal partido da oposição angolana considera que “a exclusão e a intelerância políticas são outros factores que atentam contra o espírito de reconciliação, acrescidos do sequestro, pelo partido no poder,o MPLA, dos tribunais da administração eleitoral e dos meios estatais de comunicação social”.
Para UNITA, a existência de presos políticos na sua maioria jovens “é o corolário de um Estado ditatorial que ainda subsiste em Angola”.
O segundo partido angolano mais representativo no Parlamento pede que os angolanos sejam capazes de resolver as suas diferenças “por diálogo, excluindo o recurso a qualquer tipo de violência seja qual for a fase do calendário político nacional”.
“A UNITA rigozija-se com o facto histórico de ter contribuído espititual e materialmente para o alcance dos Acordos de Bicesse, assinados em Portugal, através dos quais Angola passou a ser no plano formal um Estado Democrático de Direito com o desafio do seu aprofundamento colocado diante de todos os angolanos de todas as gerações”, precisa a UNITA.
A formação política angolana diz-se confiante, preparada e pronta “para merecer o voto maioritário dos cidadãos angolanos eleitores e exercer uma governação inclusiva e participativa” .
“A UNITA compromete-se a manter a paz a trabalhar com todas forças vivas da Nação para o aprofundamento e consolidação do Estado Democrático de Direito”, refere o documento.
Os Acordos de paz de Bicesse que vizaram a pacificação de Angola, depois de 16 anos de guerra civil, foram assinados em 31 de Maio de 1991, no Palácio das Necessidades, em Portugal, pelo ex-Presidente angolano, Jopsé Eduardo dos Santos e pelo antigo líder da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi, sob a mediação do governo português.
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