O Ministério da Defesa da Rússia anunciou esta sexta-feira a “eliminação” de 19 mercenários portugueses de um grupo de 103 desde o início da guerra na Ucrânia.
Num documento disponibilizado no site do ministério, a Rússia revela que, desde o início da “operação militar especial” na Ucrânia, chegaram ao país 6.956 pessoas de 64 países para combater pela Ucrânia, das quais 1.956 foram “eliminadas” e 1.779 abandonaram o país. De acordo com o mesmo documento, 103 portugueses viajaram para a Ucrânia, das quais 19 terão morrido, 16 saíram do país e 68 continuam a combater.
O ministério acrescenta que a Polónia é o “líder absoluto” entre os países europeus em termos de combatentes na Ucrânia, com 1.831 polacos no país, seguido pela Roménia (504) e Reino Unido (422).
Já dos EUA, chegaram à Ucrânia 530 norte-americanos, dos quais 214 morreram e 227 já saíram do país.
Desde o início da invasão de Moscovo na Ucrânia em 24 de fevereiro, milhares de voluntários estrangeiros, principalmente europeus, viajaram para este país para ajudar as forças em Kiev.
A Rússia apresenta esses combatentes como “mercenários”, um termo pejorativo que sugere que estes são motivados pelo dinheiro. Por seu lado, a Ucrânia e os seus aliados ocidentais sublinham que se há mercenários, estes estão do lado russo, com particular a presença de elementos do grupo Wagner, cujos integrantes foram deslocados da Síria para a Líbia, via Mali.