Trabalhadores da Solução Contact Center colocados no Consulado Geral de Portugal em Luanda queixam-se de míseros salários
Trabalhadores da Solução Contact Center colocados no Consulado Geral de Portugal em Luanda queixam-se de míseros salários
Após a publicação da notícia – Denúncias de escravidão na Solução Contact Center – Imparcial Press – que aborda sobre os maus tratos a que são submetidos os trabalhadores da empresa Solução Contact Center que prestam serviços às instituições privadas como a Unitel e DSTV, o Imparcial Press voltou a recepcionar mais uma denúncia. Desta vez, são dos técnicos administrativos que prestam serviços no Consulado Geral de Portugal em Luanda.
Segundo as informações, a empresa Solução Contact Center, que opera no mercado angolano desde 2005, continua a obter lucros astronómicos à custa do sofrimento dos seus trabalhadores – que continuam a ver navios – que prestam serviços no Consulado Geral de Portugal em Luanda.
O Imparcial Press apurou junto de uma fonte fidedigna que a empresa dirigida por Mário Oliveira e o Consulado Geral de Portugal em Luanda celebraram, no passado, um contrato de prestação de serviço, no qual este último paga cerca de 26.400 euros mês ao primeiro.
Ou seja, a Solução Contact Center cobra 1200 euros por cada trabalhador (dos 22) que presta serviço administrativo (e no call center) ao Consulado Geral de Portugal em Luanda. Mas no final do mês, esta empresa paga a cada um dos seus trabalhadores um mísero salário que ronda entre 89 a 90 mil kwanzas, ou melhor, menos de 200 euros.
De acordo com as informações, a remuneração miserável que esta empresa [Solução Contact Center] oferece aos seus trabalhadores – que são mais de 500 – viola claramente alguns valores que a direcção de Mário Oliveira exibe no seu site, que são: Respeito; Comprometimento e Transparência.
“Não existe respeito pela dignidade humana e muito menos transparência quando se aproveita da vulnerabilidade e esforço de outrem”, disse a fonte do Imparcial Press que acompanha de perto os atropelos administrativos praticados por esta empresa à custa dos seus trabalhadores, que são na maioria angolanos.
Ainda no site, a Solução Contact Center diz que “está sempre preocupada com a gestão de recursos humanos. Entendemos que os colaboradores são peças-chave para o sucesso de qualquer organização, por isso investimos no bom relacionamento com os colaboradores, bem como no seu desenvolvimento tanto profissional quanto pessoal.” Mas a realidade é outra.
De realçar que, aos trabalhadores seleccionados a prestarem serviços na DSTV ganha apenas 57 mil kwanzas, quando na verdade esta empresa multinacional sul-africana paga 200 mil kwanzas a direcção da Solução Contact Center para cada trabalhador.
De igual modo, estão nas mesmas condições os trabalhadores da Solução Contact Center que prestam o serviço de apoio ao cliente à empresa angolana Unitel.
Face essa exploração que se traduz na escravidão moderna, os trabalhadores da empresa Solução Contact Center – que são submetidos a um regime laboral que constitui um verdadeiro cenário de escravidão – pretendem constituir um sindacato (à luz do artigo 50° da Constituição da República de Angola ) no sentido de defender os seus interesses, mas a direcção de Mário Oliveira não permite.
Fonte :imparcial
Publicar comentário