
HUAMBO:Comandante Kandela deixou saudades
Atingiu a pulso os mais altos cargos na hierarquia da Polícia Nacional, mas antes teve
uma passagem de ‘ouro’ pela província do Huambo, onde hoje é lembrado com muita
saudade,António Pedro Kandela, actual 2º comandante da Polícia Nacional, enquanto esteve à frente
da corporação, no Planalto Central, revelou-se como um destemido chefe, mas, sobretudo, um
conselheiro e policial inovador.
Diz quem com ele trabalhou que se trata de “um pai grande” que “nunca destratou ou decepcionou” os seus subordinados. Pelo contrário, ajudou a muitos jovens a enveredarem por uma carreira disciplinada e de futuro. Com essa ‘mágica’ conseguiu resultados plausíveis quer em termos de desenvolvimento humano, como também em infraestrutruras, enquanto delegado e comandante da Polícia Nacional na
província do Huambo
De acordo com esta entidade, no seu consulado, os níveis de delinquência também estavam
sempre abaixo, “e não como os que estamos a observar agora na cidade e arredores nestes
dias”. “Pode ser que tenha cometido alguns erros,sendo natural, como ser humano, mas para lhe dizer a verdade, se cá estou, graças à insistência do chefe Kandela, que muito fez por mim e para tantos outros colegas”, observa um oficial sub-comissário que também ocupa cargo de responsabilidade na corporação. Exigente consigo mesmo, Pedro Kandela, ao que consta, não brinca em serviço. “Ele gosta da perfeição. Não vacila em punir quando estamos nos caminhos desviantes. Gosta das coisas certas nos lugares certos”, diz ainda este mesmo contacto que lembra o facto de Kandela ter as suas ‘impressões digitais’ na criação da polícia de inspecção, ou seja, a polícia que vela pelo aprumo no seio dos efectivos. Com uma personalidade marcadamente humana, o comissário-chefe Kandela não olha a
meios quando esteja em causa ajudar o próximo. “Ele não olha só para o polícia, mas também para o cidadão, para o seu bem-estar”,destaca um superintendente-chefe que com ele trabalhou no Huambo.
Dirigindo-se em tempos, aos responsáveis do Cofre de Previdência do Pessoal da Polícia Nacional (CPPPN), Kandela insistiu no sentido destes estarem cada vez mais próximos dos associados, para resgatar a confiança e criar um ambiente de relação saudável com os mesmos. Uma preocupação em que exteriorizou a necessidade de se elevar o grau de vivência, dos mais variados extractos da sociedade, estimulando os agentes da autoridade a adoptarem uma postura de responsabilidade, patriotismo, assim como complementarem as prestações dos regimes obrigatórios, na eventualidade de velhice, invalidez, cuidados de saúde e morte.
Naquela mesma ocasião esta alta patente instou os responsáveis do CPPPN a melhorar o
atendimento aos associados, quanto às relações internas e interpessoais dos funcionários,
sublinhando que deveriam trabalhar na definição e aplicação de estratégias de investimentos, para acelerar a viabilidade dos projectos,bem como a execução de empreendimentos
geradores de receitas.
“Isso revela bem o nível de preocupação deste ‘temperado’ comissário-chefe”, reforça, por sua
conta, um jovem oficial da corporação no Namibe. Aliás, como detalha esta fonte, ele (Kandela) “também tem insistido muito na educação patriótica dos efectivos para torná-los mais actuantes e proactivos e capazes de interpretar o curso do desenvolvimento social do país”.
Por:Júlio Gomes