
a Isidro Kangandjo Jornalista transforma-se em ‘advogado’ da ala brasileira,Está a confundir o exercício de jornalismo com a função de um tribunal
Está a confundir o exercício de jornalismo com a função de um tribunal, e transformou o seu portal de notícias numa ‘caixa de ressonância’
Um texto apócrifo com o título: “ Desespero leva equipa do Bispo Valente Bezerra atacar ministro da Justiça e dos Direitos Humanos”, assinado pelo jornalista Isidro Kangandjo e publicado no portal Factos Diários, do qual é director, insinua que o texto que deu manchete na nossa edição do dia 17 deste mês, cujo título é:“ LICENÇA DA IURD PROVOCA ‘GUERRA’ ENTRE MINISTROS”, terá sido uma encomenda do grupo do bispo Valente Luís,
responsável da ala angolana da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), para atacar os ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Marcy Lopes e da Cultura, Filipe Zau, justificado pelo desespero do reconhecimento da sua direcção.
Desconhece-se as motivações que terão levado o jornalista a concluir que o texto publicado por este jornal foi feito por indicação do bispo Valente Luís, como que este jornal fosse uma ‘caixa de ressonância’, como o faz com o seu portal de notícias.
Pelo contrário, os vários textos publicados no seu portal, em relação ao ‘caso IURD-Angola’, demonstram claramente em que circunstâncias são escritos e para quem se destinam, já que o autor se assume como ‘advogado’ da ala brasileira, neste diferendo de disputa de liderança que opõe os bispos Valente Luís e Alberto Segunda.
No seu texto, diz que, desde que a ala brasileira anunciou a realização da assembleia geral, os seguidores do bispo Valente Luís entraram em ‘pânico’,
sob pretexto de perderem para sempre a liderança da igreja que obtiveram legalmente com a atribuição da Certidão de Idoneidade, passada pelo Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), há dois anos, passando, deste modo, a serem os interlocutores válidos junto das autoridades angolanas.
O texto apócrifo do director do portal Factos Diários peca, também, por defender os dois ministros visados no texto, na medida em que não lhe foi dada nenhuma procuração ou terem solicitado uma assessoria de imprensa, para um direito de resposta, como mandam os cânones
do jornalismo, conforme apurou o Pungo a Ndongo de fontes ligadas aos dois governantes.
Se o jornalista Isidro Kangandjo tivesse acompanhado desde o princípio a crise de liderança da IURD em Angola, até hoje, devia fazer um texto mais higiénico possível, trazer factos reais, para cada leitor tirar as suas conclusões, ao invés de informar mentiras, pois está a escamotear a verdade, deturpar os factos e ‘inflamar’ os dados, como dizia um conhecido político e nacionalista angolano que já partiu para a outra dimensão
da vida.
Provas das acusações
O mais estranho ainda é quando um jornalista quer assumir o papel de um juiz, cuja esfera não lhe diz respeito, como é o caso, em que Isidro Kangandjo pede provas sobre as que considera acusações falsas contra os dois governantes ou ministros.
Isidro Kangandjo não esqueceu o que aprendeu na escola de jornalismo, mas estará a cumprir apenas uma agenda de quem o contratou para ‘atacar’ o nosso jornal, por razões inconfessas, porque ele sabe que não compete ao jornalista fazer encenação, entenda-se julgamento em hasta pública de qualquer assunto, já que pede provas sobre alegados actos de corrupção em que estarão envolvidos os dois ministros, segundo consta numa das passagens do texto da nossa manchete, por ser matéria da competência dos tribunais.
No texto distorcido de Isidro Kangandjo, dá para perceber que existe uma campanha contra o bispo Valente Luís e o seu grupo, liderado pelo bispo Alberto Segunda, e coadjuvado por Antunes Huambo, um dos que tem feito corredores junto do INAR para passar a liderança da IURD-Angola a favor do representante de Edir Macedo, cuja denúncia foi feita por fontes próximas à direcção brasileira ao Pungo a Ndongo.
O jornalista Isidro Kangandjo devia abster-se de continuar a desinformar, de criar intrigas, como solução para resolver o assunto da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola.
Dizemos intrigas encomendadas por não ser a primeira vez que escreve textos apócrifos a favor da IURD-ala brasileira, sem colocar-se equidistante como apenas mensageiro.
O jornalista em causa devia também perceber que o reverendo Antunes Huambo o facto de ser o responsável para os Assuntos Religiosos do Comité Provincial do MPLA de Luanda, onde também Alberto Segunda é militante, não tem qualquer legitimidade para decidir sobre quem deve liderar a IURD em Angola.
Fonte:Jornal Pungo a Ndongo