
Funcionários da ENSA clamam por auditoria do IGAE
Os funcionários da Empresa Nacional de Seguros de Angola – ENSA, denunciam parcialidade na auditoria feita pela Ernest & Young – EY Angola, uma empresa internacional de consultoria que opera em Angola há 66 anos.
De acordo a fonte do Imparcial Press, o antigo presidente do Conselho de Administração, Manuel Joaquim Gonçalves, ou melhor, “Né Gonçalves” terá inserido – durante o seu reinado – cerca de três empresas próximas de si, para prestarem serviços à ENSA, nomeadamente: ZORIN; PROPICASA; SINTRA por via da celebração de contratos milionários.
Em 2018, os funcionários da seguradora nacional, escreveram ao Presidente da República, João Lourenço, mas sem terem até ao momento recebido qualquer resposta do Titular do Poder Executivo.
“Né Gonçalves” também está envolvido nos negócios de seguros, resseguros que levaram São Vicente à cadeia, não se entende como é que nunca tenha sido pelo menos inquirido pela PGR, talvez por ter lá a sua esposa como funcionária, lamenta a fonte do Imparcial Press.
Os denunciantes, que prometem expor mais informações comprometedoras de “Né Gonçalves”, não aceitam o Relatório apresentado pela consultora Ernest & Young e solicitam a presença da Inspecção Geral do Estado (IGAE) para aferir in loco a veracidade das denuncias feitas.
A EY foi auditora do Grupo Sonangol no período de 2003 a 2015, ao que se soma um conjunto de nomeações relevantes enquanto auditores de empresas como o BAI, as seguradoras AAA e ENSA, BCI, EDEL e a TAAG.
Outrossim, a seguradora ENSA Seguros tem, desde o ano transacto, uma nova presidente do Conselho de Administração, Helena Francisco Chicuba, e um novo presidente da Comissão Executiva (PCE) Mário João Mota Lemos.
A nomeação foi aprovada na assembleia geral da seguradora que nomeou também como administrador não-executivo, Francisco Manuel dos Santos, e administradores executivos, Matilde do Rosário Guebe, Ildo Mateus do Nascimento, Henda Mondlande da Silva e Amália Quintão Barbosa.
Para os demais órgãos sociais, e para o quinquénio 2022/2026, foi eleita para presidente do Conselho Fiscal Maria Carlota Van-dunem e Silva , e para vogal Altair Correia Marta. Ngouabi Mariano Salvador foi indicado para presidente da mesa da assembleia geral.
Helena Francisco Chicuba, de 59 anos, é quadro da seguradora e exerceu os cargos de directora do resseguro e co-seguro, directora comercial da companhia. Foi reformada em 2020, mas depois foi chamada para exercer o cargo de assessora do conselho de administração cessante.
A seguradora que é detida pelo Estado, acabou com esta nomeação por alterar o modelo de governo societário, no sentido de conformá-lo ao das sociedades abertas estabelecidas pelas normas regulamentares do mercado de capitais, uma vez que se perspectiva a sua admissão à Bolsa no quadro da privatização.