Sunday, February 09, 2025
Grupo Carrinho expande império com fundos duvidosos? Inaugurado mais um supermercado dos 250 que pretende construir em tempo record

Grupo Carrinho expande império com fundos duvidosos? Inaugurado mais um supermercado dos 250 que pretende construir em tempo record

Em meio a polémicas de enriquecimento rápido e conexões políticas, o Grupo Carrinho lança mais um cash and carry em Luanda e acelera expansão de forma destemida e confiante.

O Grupo Carrinho inaugurou, esta Quarta-feira, um novo supermercado BB Eskebra, no bairro Gamek, em Luanda, com isso, reafirma a sua estratégia de ´domínio´ do mercado de distribuição em Angola. Este novo cash and carry é a terceira loja do tipo do grupo na capital e faz parte do ´ambicioso´ plano de abrir até 250 estabelecimentos em todo o país, consolidando a Carrinho como a maior força do sector retalhista angolano.

Segundo a coordenadora do projecto, Glória Benttecurt, o objectivo é “incentivar a produção nacional” e auxiliar os agricultores no escoamento dos seus produtos. No entanto, a meteórica ascensão do grupo e a abertura em série de novos estabelecimentos têm alimentado suspeitas sobre os bastidores das suas operações e as suas ligações políticas, com rumores de contratos públicos vantajosos que teriam ajudado a financiar esta expansão.

A Carrinho aposta em produtos que, segundo a coordenadora, são maioritariamente angolanos e produzidos por pequenos e médios empreendedores nacionais. Contudo, críticos questionam o crescimento acelerado da empresa, que se destaca em tempos de crise económica, enquanto outros comerciantes enfrentam dificuldades. Recentemente, foi revelado que cerca de 95% dos produtos vendidos nas lojas BB Eskebra são oriundos de Angola, uma forma de sustentar a agricultura local, ao passo que a Carrinho Agri, braço agrícola do grupo, mantém parcerias em várias províncias, como Malanje, Benguela e Bié.

A expansão do grupo também tem um impacto directo no emprego, com mais de 300 vagas criadas entre empregos directos e indirectos nesta nova loja. Porém, o ritmo agressivo de inaugurações, com previsões de atingir 250 lojas, desperta dúvidas quanto à origem dos fundos, uma vez que a Carrinho continua a ampliar a sua rede, visando o monopólio do retalho em Angola. De acordo com fontes, os contratos que a empresa angariou através de negócios controversos com figuras influentes do estado angolano são parte crucial deste crescimento explosivo.

O Grupo Carrinho não se intimida com as críticas e parece empenhado em tornar-se uma das maiores forças económicas do país, à custa de alianças estratégicas e contratos lucrativos, que levantam suspeitas e questionamentos entre os observadores da economia nacional.

Fonte : PONTUAL

Redacao: Factos de Angola

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