
CASO DE TENTATIVA DE TERRORISMO EM LUANDA, ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA DAVID MENDES E ASSOCIADOS APRESENTAM DEFESA
Escritório David Mendes e Associados assume defesa Cinco advogados do Escritório David Mendes e Associados começam na próxima segunda-feira,10, no Huambo, a defender os réus implicados no processo conhecido por ‘Organização Terrorista’
Para além do advogado David Mendes, que coordena a equipa, integram José Nasso, Oliveira Nasso, Carlos Jacinto e Manuela Mendes que vão defender João Deussino, Domingos Muecália, Crescenciano Kapamba, Arão Kalala,Adelino Bacia e Francisco Nguli.
Sob o processo-crime no 109/2025, os réus são acusados de praticarem os crimes de fabrico, aquisição e posse de substâncias
explosivas, tóxicas e asfixiantes e de falsificação, segundo informou recentemente em conferência de imprensa o juiz de direito do Tribunal da Comarca do Huambo,Evaristo Samala Kangoma.
A defesa tem o patrocínio financeiro da Associação Mãos Livres(AML), uma ONG angolana dedicada à defesa dos direitos
e promoção da cidadania, segundo avançou o Pungo a Ndongo em Janeiro último e confirmado hoje por fonte daquela instituição.
Contactado pela Imprensa, o advogado David Mendes assegurou que a sua equipa está preparada para defender os seus constituintes e está confiante num desfecho positivo, apesar da complexidade do processo, resumiu.
O julgamento tem início às 9h00, na sala 1 do edifício Cível e Administrativo do Tribunal da Comarca do Huambo, na cidade Bai-
xa, Rua Garcia da Horta, conforme avançou o juiz Evaristo Kangoma, num encontro realizado com a imprensa, neste que está a ser aguardado como sendo o julgamento deste trimestre naquela província e talvez em Angola.
Em Janeiro do ano em curso, as autoridades angolanas anunciaram o desmantelamento deste grupo, apontado de supostamente ter pretendido atacar alvos estratégicos, como o Palácio Presidencial da Cidade Alta, Refinaria de Luanda e armazéns da Sonangol, na Boavista, em Luanda, a Embaixada Americana, e outros na província do Huambo.
Estas acções, segundo o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC-Geral),
Manuel Halaiwa, teriam lugar em Outubro de 2024, durante a visita do presidente cessante dos Estados Unidos da América, Joe Biden.
O grupo é liderado por João Deussino, de 34 anos.
Este jovem, baseando-se ainda nas informações do responsável do SIC, assume-se como presidente do movimento revolucionário Frente Unida de Reedificação da Ordem Africana (FUROA), e pretendia instaurar um alegado novo regime em Angola.
A organização, fundada em 2017, na província do Huambo, tinha ligações internacionais e começou a ser monitorizada em Outubro pelas autoridades e pretendia realizar acções terroristas para desestabilizar a ordem política e social do país.
As investigações para a detenção dos acusados contou com uma acção coordenada dos órgãos de inteligência nacionais e internacionais e das Forças Armadas Angolanas (FAA), segundo ainda o porta-voz do SIC.